Os ilícitos em afrontas
às leis (Parte 35)
A improbidade e os crimes na coisa julgada ilícita e inconstitucional
Francisco Xavier de Sousa Filho*
Em 08/10/17, divulgamos no Jornal Pequeno de
São Luís–MA e no Blog do Dr. X & Justiça que a coisa julgada ilícita e
inconstitucional é ineficaz, ao comprovarmos que os cálculos criminosos desprezaram
a coisa julgada, com a homologação judicial, cujos recursos confirmaram os
cálculos desonestos e ilícitos. E mais criminosa em descumprir a coisa julgada,
por decisão vilipendiada, inepta, arrogante, corrompida, aberrativa e ímproba.
São os ilícitos penais, civis e
administrativos, porque nenhum magistrado (a) detém o poder legal e constitucional
de desfazer uma coisa julgada, no respeito ao princípio da sua imutabilidade
jurídica. O cidadão (ã), no descumprimento da lei, é punido e preso, respondendo
a processo criminal, artigo 330 do CPB; como na resistência, artigo 329; e no desacato,
artigo 331 do CPB, com penas brandas. No
processo existem os mesmos crimes, por trapaças e tramoias dos réus, como pelos
julgadores (as) em descumprirem, desacatarem e resistirem em não aplicarem as
leis em suas decisões.
Pelo menos o Código Penal e outras leis penais
não livram os cidadãos (ãs) nem os magistrados (as), presidente, senadores,
deputados, governadores e políticos das punições. No judiciário, não podemos
livrar das penalidades as decisões judiciais no cometimento de delito. O artigo
312 do CPB, no peculato, ao dar
apropriação do dinheiro da parte com razão em seu direito a terceiro poderoso.
Também há a concussão, artigo 316 do CPB, ao exigir vantagem indevida para outrem, o poderoso.
Na corrupção passiva, artigo 317 do CPB, ao ordenar para outrem vantagem indevida. E a
apropriação indébita, artigo 168 do CPB, ao se conceder bem a poderoso. Na verdade, o direito
adquirido, artigo 5º-XXXVI da CF c/c o artigo 6º § 2º da
LICC, já ordena o respeito
às leis e normas constitucionais, para a condenação nas verbas rescisórias trabalhistas,
nos honorários pelo direito autônomo do advogado (a), nos danos morais e
materiais. Do contrário, são decisões a servir a poderoso, de afrontas às leis,
merecendo as punições, por julgamentos indecentes, desonestos, ilícitos,
ilegais e inconstitucionais, mormente ao haver condenações ao autor com razão
no processo em custas, honorários, despesas e multas, mas de responsabilidade
pelos magistrados (as), artigo 93 do NCPC.
A decisão judicial, de fundamentação
falsa e ilícita, desonesta, inepta, ilegal e inconstitucional, então comete os
crimes referidos, como o de falsidade ideológica, artigo 299 do CPB, por omissão, em declaração
falsa da lei para aplicar ao caso julgado, havendo ainda declaração falsa, com
o fim de prejudicar direito, por ordem pessoal, ilegal e inconstitucional, com
alteração forjada de fato jurídico relevante. É
a violação clara ao artigo 458-I,
II e III do ex-CPC, hoje o artigo 489- I, II e III do NCPC, a não ter
fundamentação plausível e louvável na lei, sem o dispositivo legal pertinente e
correlato para o imutável julgamento.
A justiça pois capenga, morosa, sem final
feliz, duvidosa, ilegal, de ilicitudes e de inconstitucionalidades, fazendo-se
uma coisa julgada ilegítima, jamais deve existir para o seu cumprimento. A
coisa julgada é para ser imutável pelo respeito às leis e normas
constitucionais, que o recurso é para corrigir os erros grosseiros da sentença.
No erro proposital e pessoal, impõe ao juiz (a) a julgar os embargos
declaratórios, por força do artigo 1022-I, II e III do NCPC, para esclarecer a obscuridade ou eliminar a
contradição; para suprir a omissão e corrigir a inexatidão material. Porém, os
julgadores (as) não respeitam às leis, tendo a sua decisão judicial como
intocável e incorrigível, com motivação falsa e ilícita, tornando o julgamento
irrecorrível até nos tribunais superiores, com falso e criminoso trânsito em
julgado. É o exemplo também de não acolher a intempestividade do apelo do
poderoso ou outras questões distorcidas da verdade jurídica, em humilhação das
peças recursais do advogado (a), como se não soubesse de nada. É a improbidade,
com as portas abertas para os poderosos terem sempre oportunidades de
discutirem matérias sórdidas e trapaceiras. A causa de solução pois pelo
advogado (a) há de se aprovar em lei, evitando danos ao pequeno, como acontece
no judiciário. De igual modo, os danos morais devem ter os valores já
arbitrados em lei.
Nessa possibilidade inquestionável, acabará com
quase 100 milhões de ações no judiciário, de redução em cerca de 60% das causas.
A economia chega a mais de 50% dos gastos de R$ 100 bilhões anuais, no Poder
Judiciário. É a justiça mais democrática ao ser resolvido pelo advogado (a), para
o cumprimento também na coisa julgada efetivada, nos respeitos às leis. No
juízo, torna-se burocrática, complicada, morosa e emperrada. O advogado (a)
pode até cobrar o débito exequendo diretamente aos entes públicos, como de
qualquer executado. Com a solução extrajudicial, além da economia de mais de R$
50 bilhões anuais em redução dos gastos judiciários. O empregador, o réu, o
devedor e o executado na certa terão o interesse da solução da pendência célere,
para não ser condenado no judiciário na indenização, de 50%, dos honorários
passando a 20%; na litigância de má-fé de 20% e na multa diária, se não
resolvida em 30 dias com o advogado (a), após a notificação. A lei portanto
deve ser aprovada a esse respeito, no respeito até do artigo 133 da CF.
De erros judiciários criminosos, que já trazem os
abusos de autoridades, a merecer punições, principalmente nos tribunais
superiores, como no TST, STJ e STF,
que sequer examinam os recursos, de decisões de infringência às leis, com inconstitucionalidades
dessas decisões recorridas, com ilicitudes evidentes. São os abusos de
autoridades e obstrução de justiça pelo descumprimento das leis, da coisa
julgada e do direito adquirido firmado em lei, quando o juiz (a) não tem poder
algum em desfazer e anular as leis e normas constitucionais, na sua vontade e
lei pessoal.
Na verdade, os erros crassos, vergonhosos,
néscios, aberrativos, desonestos, indignos, imorais, ilegais e
inconstitucionais reputam-se em improbidade, quando o improbo é o mau,
perverso, corrupto, devasso, desonesto, falso, enganador, que procede atentando
contra os princípios ou as regras da lei, da moral e dos bons costumes, com
propósitos maldosos ou desonestos e inidôneos. É o desrespeito às leis e normas
constitucionais, que o artigo 5º-II da CF impõe: ninguém faz ou deixa de fazer alguma
coisa senão em virtude da lei. E o artigo 37 manda respeitar os seus princípios
da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência. Só que o judiciário é o
maior descumpridor das leis e causador de prejuízos aos pequenos, humildes e
pobres nas suas lesões de direito, além de causar prejuízos ao erário, por
decisões ilícitas. Pelo menos as leis penais, a lei de improbidade (Lei 8.429/92), a de
abusos de autoridades (Lei 4898/65) e artigo 5º-XXXIV-a da CF, com a Lei 1079/50, os §§ 4º, 5º
e 6º da CF, consolidam em ordenar
a punição nos ilícitos cometidos, como os artigos 35 e 48 da LC 35/79 e os artigos 139
e ss do NCPC (artigos 125 do ex-CPC) ordenam.
Assim, o magistrado (a), como qualquer cidadão
(ã), na igualdade de direitos (artigo 5º-I da CF), deve ser punido por menosprezo na correta
aplicação da lei e norma constitucional. Até porque a interpretação das leis é
una. Não em divergência como acontece a servir a poderoso. Entendo pois que os
magistrados (as) que perderam a função, com salários de mais de R$ 40 mil
mensais, em venda da sentença, julgaram com a aplicação correta a favor do
pequeno e contra o poderoso, tendo a obrigação de devolver a propina. Na segurança
jurídica pela venda de consciência, de maior gravidade, por não aplicar as leis
e desfazer a coisa julgada, o magistrado (a) merece ser punido pelas leis
penais e de improbidades, nas responsabilizações civis e penais. Será que o CNJ pune o magistrado (a)
por venda de consciência, por pedido de não poderoso? Não seria o momento de se
criar o CNP (Conselho Nacional do
Povo), como o CNE (Conselho Nacional do
Exército), para punir os magistrados (as), livres de punições? E para acabar
com o corporativismo.
Afinal, Deus adverte aos desonestos, ladrões e
criminosos: a) “O SENHOR diz: “Eu amo a justiça,
odeio o roubo e o crime” (Isaías 61.8); b) “O assassino se levanta de madrugada
para matar o pobre e de noite vira ladrão” (Jó 24.14); c) “O SENHOR Deus diz: “Como o ladrão fica envergonhado quando é
pego, assim o povo de Israel passará vergonha...” (Jeremias 2.26); d) “Se algum de vocês tiver de sofrer,
que não seja por ser assassino, ladrão, criminoso ou por se meter na vida dos
outros” (Pedro 4.15). *Escritor,
Advogado (OAB-MA 3080-A e OAB-CE 4399) e Jornalista (MTE 0981). Blog do Dr. X
& Justiça, 22/10/17.